Ainda na parte da manhã fomos até o terminal rodoviário com a intenção de mudarmos nossas passagens das 16h00 para às 13h45, pois queríamos atravessar a fronteira ainda na parte do dia. Os últimos momentos em Villarrica se deram por mais uma caminhada pela cidade, onde descansamos numa praça de grandes árvores e muitos pássaros.
O percurso de Villarrica até Ciudad del Este foi um tanto sofrido, num daqueles dias de sol onde é possível fritar ovos no asfalto viajamos em um ônibus apertado, lotado e que a cada minuto parava para subir mais gente. Pelo menos conseguimos chegar em Ciudad del Este. Atravessamos a fronteira papeando com um taxista que nos contou sobre as diferentes etnias do Paraguai e a situação de muitos indígenas que vivem na cidade. Disse que um dos grandes problemas é a falta de conhecimento sobre a cultura indígena, o que gera conflito. Nenhum morador da cidade considera o fato de que a menos de 3 gerações os índios que hoje são pedintes nos terminais rodoviários eram coletores nas vastas matas paraguaias e que a força da tradição e dos costumes não podem ser mudados em tão pouco tempo.
De volta em Foz do Iguaçu demos por finalizado os 30 dias de trânsito à margem do lago.
Conteúdo originalmente publicado em 31/01/2010 no blog Trânsitos à margem do lago da extinta página web Rede Kuai Tema de Pontos de Cultura