Conhecemos Zulma na recém criada Secretaria da Cultura, pacientemente nos explicou sobre algumas ações do governo na respectiva área. Indicou para que fossemos até a Direção de Assuntos Comunitários, lá conhecemos Lea, que nos contou sobre a necessidade de desenvolver ações culturais na área da fronteira com o Brasil.
Na tarde fomos até a casa de Mito Sequera, ao entrar em sua casa conhecemos o cacique Bruno, um educado senhor Chamacoco. Junto com Mito Sequera desenvolveram um dicionário da língua de sua etnia. Mito nos contou sobre seu trabalho voltado a grupos onde a pobreza é uma constante e sua ligação com a antropologia e a música. Trata de estimular os Chamacoco, Mbiá guarani e campesinos no sentido de fortalecer suas próprias culturas, bem como conhecer os códigos da cultura opressora. Nos instigou ao desenvolvimento de projetos de integração entre grupos de pesquisa brasileiros e paraguaios – necessidade na região e dos povos. Nos cedeu dois vídeos seus ligados aos Chamacoco. Nesse dia tivemos sorte na janta, saboreamos uma super ensalada, o papo durou horas até voltarmos caminhando na madrugada pelas calles de Asunción.
Conteúdo originalmente publicado em 29/01/2010 no blog Trânsitos à margem do lago da extinta página web Rede Kuai Tema de Pontos de Cultura